Cada vez mais escrevo espaçadamente, temas com uma elaboração pessoal – e retórica – complexa, onde os factos prevalecem e as alternativas, a existir, não assentam no tema que a todos gosta na farpa que define este blogue: futurologia.
Noto que os leitores mensais, 450 no 1° ano; 830 no 2° e um pouco mais de 1000 no 3°, têm diminuído as suas leituras no blogue, quem sabe, em busca de textos mais ranzinzas e cheios escárnio e maldizer.
Pode que a maioria queira a previsão facilitista sem ter que pensar, tendo um terceiro – eu no caso – a raciocinar por si.
Deixo a nota, evidente, que o estilo literário rebuscado seja razão que nos afasta, mas prefiro pensar que quem me lê seja capaz de me ler sem se reduzir (sempre) num mínimo denominador comum.
Mas aqui chegamos e a previsão do que virá estabelece a pauta de quem o blogue frequenta. Onde anda a crítica que dita o amanhã, o depois e o talvez, com certeza?
Onde fica o obliterar da incógnita que todos os dias surge como abertura de jornal e parece comandar a vida digital dos organismos analógicos que somos? Não há mais.
Vivemos entre o síndrome de Estocolmo e a abstinência mental que faz de nós junkies sociais. Queremos o facilitismo Wikipedia.
Mas as Enciclopédias, mesmo que digitais, estão mortas. Precisamos da resposta daquilo que virá.
E depois do amanhã? Depois do arco-íris de Dorothy, recém desperta da aventura vivida em Oz?
Sucesso ou sucedâneo?
Que futuro technicolor nos aguarda numa Humanidade cada vez mais igualitária e sem cor?
Um Kansas a preto e branco..?
Parece, construído dessa futurologia dos dias que por nós passaram.