Disse Costa, o arauto do confronto parlamentar e pecadilhos de cordel, que a Universidade de Verão do PSD (e já agora porque não a do CDS, nessa eterna lembrança de uma feita abortar mas parida PàF) foi uma Escola de Maledicência pelo que lá se fez dizer.
Sim, Cavaco a quem ninguém deveria mais dar cavaco esteve a dizer a verdade de uma realidade que se vive mas que, por ser ele, jamais poderia ser o próprio a dizer.

(o anão lúbrico confirma – o que me surpreende – já que por Marcelo fala)

Vejamos, Costa está a colocar o seu Portugal Geringonçado, esse que mesmo perdendo eleições e, derrotado, se une para (literalmente) reinar, num divã para confrontar o seu passado de glória eleitoral sobre as escolhas passadas.
Nunca nenhum político teve vitórias tão expressivas para o seu cargo de eleição como Cavaco, o Aníbal, Silva.
Mas quem sabe, como o Aníbal do mito, esquecemos que foi personagem histórica, perdendo a conquista do Império Romano contra Cipião o Africano.

Prometo não entrar em contendas raciais, longe de mim, mas se Cavaco é Aníbal, parece que Costa é o Cipião desta parábola histórica.
Apenas resta dizer que, embora o Cavaco da História Romana se tenha suicidado para grande felicidade do seu inimigo, o Africano não teve melhor fim (embora o seu neto adoptivo conquiste a Cartago de Aníbal), sendo as suas últimas palavras conhecidas em vida: “Minha pátria ingrata não terá meus ossos”.

Glórias presentes não são garante de futuro. Nem maledicência pontual define mais que carácter que se reconhece de antanho.

Cavaco representou e foi o Portugal que se fez Europeu. Passos Coelho o juízo de valores que não se gosta de ouvir.
Costa é um novo Sócrates. Um personagem menor num tempo onde a sorte favorece os audazes. Resta saber se a sua audácia (ou descendência) o favorecerá por mais tempo ou no final não será a sua pátria que não quererá os seus ossos.

Pax