A Sociedade digital vive o seu eterno apogeu. E nele a guerra pela supremacia de quem tem a maior visibilidade, credibilidade, ranking da certeza em maior número de likes.
Risquemos, quiçá, a credibilidade e o número de likes seja substituído por clickbate. A internet é um lodo onde só se safa quem boia nesse pântano de onde Trump na verdade surgiu e disse tudo ir drenar.

No meio daquilo que muitos procuravam como os fact check noticiosos, surgiu uma autodidata página anónima de facebook chamada Os Truques da Imprensa Portuguesa. Premissa? Essa mesma, a de desarmar os truques que a imprensa nacional, demonstrando sem filiações ou partidarismos o como a Comunicação Social estava minada pelos partidos e filiada nas ideias que o dinheiro compra.
Mas se a premissa era interessante, a página rápido perdeu a graça por se fazer dona da razão.

Acompanhei os Truques até este se tornarem insuportáveis, pois já sabia quem era o Truque por trás. Quando ali o escrevi, ou assim o disse saber, nesse passado longínquo, fui trollado de forma indescritível. Os asseclas dessa razão unilateral achincalharam-me sem mais dó ou perdão. Tanto que rápido percebi ser completa a verdade que detinha em mãos.
Mas, tinha isso interesse? Dizer que era alguém que escrevia no jornal Público – facto que se detectava a milhas – ou que havia suporte jurídico com viés académico, seria relevante para quem? Não pra mim.

TQ.jpg

Não é o Truques que está em si mal, nem o facto da falha que se corrige para não ser apenas um “peido” (ou traque, em trocadilho como sempre os desarmei nas suas contradições). Antes, tal como Salvador Sobral, seja algo que se aplaude com o momentâneo pragmatismo oportuno sem compreender a contradição de merecer estrelato imediato.

A página foi um sucesso imediato por demonstrar as fraquezas alheias, nada mais. Mas nisso tinha o seu maior truque, fraqueza e agora o seu ponto estratégico de ataque que nunca imaginou – por mais que negue – ter: os seus textos, críticas e desarmar de truques ou falhas, passam a ter um rosto ao qual se coloca nome e aponta o dedo.

O sub-Director do Público – imagine-se – Diogo Queirós de Andrade acabou por expor quem são os masterminds por trás do Truques. E ao fazê-lo, usando o seu estatuto de individuo, obrigou quem era anónimo a se tornar individual também.

Sim, a deontologia e ética que falta aos outros não pode apenas bravejar desse lado como excesso de omissão para contemplar em crítica os outros. E isso será, e o tempo o dirá melhor do que eu, o fim de uma página que subjugou a sua própria ética num jogo de sombras como protecção de algo que a Democracia não gosta: bufos.

Os, já pouco, jovens Pedro Bragança e João Marrecos, lembram-me um Donald Trump Jr.
Nega ter ido a uma reunião que foi.
Afinal foi mas não falou sobre a Rússia.
Falou sobre a Rússia mas nada de relevante.
Quando se lêem os e-mails se revela tudo: a mentira tem perna curta.
O interesse foi a oportunidade de saber algo para incriminar alguém, quando esse alguém que acabou incriminado foi ele próprio.

Pedro e João são iguais.
(…) “temos todos profissões liberais, em áreas de saber distintas, nenhuma das quais relacionada com comunicação social; nenhum de nós faz parte de juventudes ou partidos políticos.”, exacto, incriminaram-se a si próprios.

Boa sorte aos audazes, será deles a sorte que virá…

Deixe uma Resposta

Preencha os seus detalhes abaixo ou clique num ícone para iniciar sessão:

Logótipo da WordPress.com

Está a comentar usando a sua conta WordPress.com Terminar Sessão /  Alterar )

Imagem do Twitter

Está a comentar usando a sua conta Twitter Terminar Sessão /  Alterar )

Facebook photo

Está a comentar usando a sua conta Facebook Terminar Sessão /  Alterar )

Connecting to %s

This site uses Akismet to reduce spam. Learn how your comment data is processed.