Dê-se ao Luxo, coma marrom glacê!
Sendo frenética, sempre uma menina, consciente de que a vida se faz música numa pauta irreversível de tudo o que já foi e um dia poderá ser.
Chanel, Chanel
Champanhe no gelo,
Salgados e doces
Prepare os talheres,
Os Discos e as poses
Escolhe teu vestido
Vestido e vai
Duas gotas de veneno, não mais
A boca vermelha, sensual
Um brilho nos olhos,
Você está demais!
Toda essa gente louca
Alegre e em sedas,
A se desnudar
A festa nunca vai acabar!
(mas acabou…)
Se não tem água Perrier eu não vou me aperrear
Se tiver o que comer não precisa caviar
Se faltar molho rose no dendê vou me acabar
Se não tem Moet Chandon, cachaça vai apanhar
Esquece Ilhas Caiman deposita em Paquetá
Se não posso um Cordon Bleu, cabidela e vatapá
Quem não tem Las Vegas, vai no bingo de Irajá
Quem não tem Beverly Hills, mora no BNH
Quem não pode, quem não pode
Nova York vai de Madureira
Se não tem Empório Armani
Não importa vou na Creuza costureira do oitavo andar
Se não rola aquele almoço no Fasano
Vou na vila, vou comer a feijoada da Zilá
Só ponho Reebok no meu samba
Quando a sola do meu Bamba chegar ao fim
(porque)
Analisando
Essa cadeia hereditária
Quero me livrar
Dessa situação precária…
Onde o rico cada vez
Fica mais rico
E o pobre cada vez
Fica mais pobre
E o motivo todo mundo
Já conhece
É que o de cima sobe
E o de baixo desce
E o motivo todo mundo
Já conhece
É que o de cima sobe
E o de baixo desce…
Bom xibom, xibom, bombom!
Bom xibom, xibom, bombom!
Bom xibom, xibom, bombom!
Bom xibom, xibom, bombom!
(repete!)