Dizem que o silêncio é de ouro, facto que me faz – apenas – escrever a minha primeira crónica do ano no seu segundo dia.
Não que o meu silêncio seja dourado, pelo contrário, é de um juízo crítico que se estende a todo e qualquer discurso propalado até uma exaustão sobre a Paz no Mundo que uma qualquer Miss Universo faria.

Li, vi e escutei os discursos das novas sumidades e das que em breve deixam a ribalta pública para me deparar com o horror de que o 1º de Janeiro traz consigo a iminência do terrorismo que apenas Merkel teve a coragem de afrontar na sua mensagem para um novo ano que se alinhava complicado.

Por momentos, nessas doze badaladas que uma sinusite me levaram a uma miríade de analgésicos e comprimidos achei que o atentado terrorista na Síria havia sido delírio meu. Pior, ao acordar achei que o segundo atentado na mesma cidade havia sido uma mensagem que não tinha lido, ou que as drogas que me percorriam o organismo simbolizavam o ‘Hollyweed’ Californiano.

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Mesmo tendo sido um ano horribilis, a percepção de que a perda aumentou exponencialmente ao habitual, queria ficar nesse 31 de Dezembro e evitar descobrir que interessa mais que Mariah Carrey faz lip sinc do que Trump estar a 20 dias de ser Presidente, o Euro ter entrado em vigor à 15 anos e o poder real de compra em Portugal se ter reduzido, os impostos continuarem a aumentar junto com a idade da reforma, e claro este ser o ano de prestar vassalagem à memória eterna do Comunismo, como se ele ainda existisse de facto.

O 1/365 foi mau, quem sabe num pronuncio do que nos espera. O 2/365 dourou a pílula, na visão que eu lhe quis dar, anunciando que seguirei – enquanto o tempo o permitir – a mordaz farpa habitual neste Mundo tão volátil como perene.

Bom 2017.

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