Ética e moral são bens escassos no que concerne à noção Republicana do que será uma Democracia contemporânea.
Dito assim até parece um amontoado de palavras chavão-de-bem-pensante-a-mandar-para-o-pedante sobre quem se acha dono da ética, moral, ou até mesmo dos bons costumes.
Não é.

Assumo que falar em bons costumes é difícil e tema caro numa Sociedade que se busca plural e receptiva à diferença.
Já falar sobre ética e moral são temas que se podem, sem algum descargo de consciência, falar abertamente com total certeza de entendimento sobre aquilo que aqui se tratará.

Muito se tem dito sobre a decadência política, os falhanços da Democracia e de como as sucessivas gerações de políticos se tornam cada vez mais medíocres.
Há até quem avente que é o politicamente correcto que mina a possibilidade de se melhorar, visto que relativiza tudo por um mínimo denominador comum rasteiro.

Se a política, sim, se torna decadente, isso se deve única e exclusivamente às sucessivas gerações de políticos medíocres que nos têm brindado com a sua total falta de carácter, nunca com uma ampla responsabilidade da Democracia – num sentido lato – falhar.
Já o politicamente correcto ser o raso denominador comum, apenas serve – como se tem assistido – para criar nichos de extremismo político.

A mediocridade política em não saber separar o ser de se estar, criando gerações de políticos carreiristas, provocam a noção de castas segregacionistas e auto-imunes dentro da Sociedade Civil. Como se o político não fosse um mero servidor público mas antes um socialite a ser retratado nas revistas cor-de-rosa.

Verdade seja dita, aquilo que hoje separa um exemplo do outro é muito pouco. O político vive para a permanente campanha em torno da sua imagem pública imaculada, as selfies, a exibição do dia-a-dia numa jornada que se tem de justificar sem que justificação dela saia.

Vive do “falem bem ou falem mal, desde que falem de mim, está bem!”.

Mas aí está, o político tornou-se oportunista e ignorante na sua própria soberba entre currículos manipulados ou experiências nunca tidas. Triste dele ao confundir o “falar de” e “falar em”, nessa consequente agravante que tudo muda ao lhe serem lançadas pedras sobre telhados de vidro estilhaçado.
Aí, justo no momento em que o Sol de veraneio se faz aprazível e a praia até tem iguarias gastronómicas calóricas apetecíveis, entra a jogada mais baixa que a melhor política tem: o ataque ao carácter da ética e moral que o indivíduo apregoou ter.

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Depois sucedem casos destes.
Uma petrolífera convida um político para assistir a jogos que patrocina numa competição de futebol internacional, fazendo prerrogativa dessa sua possibilidade, sabendo de ante-mão o risco que corre. Decide corrê-lo. O político também e aceita.
Que fazer então?

Não foi um nem dois, mas três os que se viram envolvidos no já denominado Galpgate. Pertencem ao executivo de António Costa, lembrando que por muito menos João Soares teve que abandonar o posto como Ministro da Cultura. Políticos todos.

Vamos dizer que tudo se tratou da fraqueza Humana do cidadão, servidor público, que, por um lapso, se esqueceu que era político profissional e que desempenha esse papel há já uns anos.
Não façamos até o juízo apressado desse alguém que nos busca taxar a intensidade lumínica para proveito do Erário Público, atirando uma pedra, quiça uma Rocha, justo no momento em que até as bolas de Berlim se vêm alvo de sansões praieiras pela fuga aos impostos!

Vá é Verão, e com telhados de vidro entra mais luz…

E o que a não ter solução, solucionado estáAusência de Ética e Moral dixit.

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