A 12 de Maio passado, exactos dois meses, Dilma Vana Rousseff vociferava frente ao Palácio do Planalto, “Sofri a dor da tortura, a dor afetiva da doença e a agora a dor inominável da injustiça. O que mais dói é perceber que estou sendo vítima de uma farsa jurídica”.
Segundo a auto denominada Presidenta as razões formuladas nas acusações do impeachment eram golpe.

“Posso ter cometido erros, mas não cometi crimes.”

Dilma tornava pessoal a situação de um crime – como se penal fosse – quando aquilo que se lhe atribuía era desrespeito à lei orçamental e à lei de improbidade administrativa enquanto representante máxima de um cargo público. A farsa jurídica de que se dizia vítima não fora a dos que a acusavam, era sua.
Dilma via-se afastada por 180 dias. O seu julgamento começava em seguida.

Com a instauração da Comissão Especial do Impeachment, cujo único objectivo é a ampla defesa de Dilma Rousseff, assistiu-se ao rebater de todo o predicado adjectivado que a presidenta afastada havia declarado dias antes no seu discurso.
O anterior Advogado da União, José Eduardo Cardozo, transformado em defensor da causa própria do coração valente, essa rebelde guerreira, mulher brasileira, que é Dilma, usou de todos os argumentos na sua planilha ideológica contra-ofensiva. Tudo se resumiria ao Golpe Institucional que estaria em curso.
Os senadores adeptos à causa, Gleisi Hoffmann – cujo marido acabou por ser detido preventivamente no decurso da defesa -, Vanessa Grazziotin e Lindbergh Farias, Petistas de serviço, faziam a frente de ataque cega, surda e muda, olhando, ouvindo e gritando sobre qualquer argumentação factual que fosse trazida pela acusação.
Janaína Paschoal, a co-autora do pedido de impeachment, amplamente apoiada pelos restantes Senadores presentes, viu-se muitas vezes forçada a um constrangedor silêncio por não ter foro privilegiado.

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Os 35 dias que separam a entrega da defesa de Dilma no Congresso do Senado a 1º de Junho até que a mesma se fizesse pronunciar por escrito a 6 de Julho demonstraram bem a valentia de um coração ferido de morte.
O discurso antes vociferado frente a um público que a conclamava frente a um Palácio era a gora mimeticamente reproduzido como se a Presidenta não tivesse sido afastada e nada no Brasil do PT tivesse ocorrido.

60 dias depois Dilma voltaria a invocar que “Sofri a dor da tortura, a dor afetiva da doença e a agora a dor inominável da injustiça. O que mais dói é perceber que estou sendo vítima de uma farsa jurídica”, assumindo que “Não nego que tenha cometido erros, e por eles certamente sou e serei cobrada, mas estou sendo perseguida pelos meus acertos.”, mas acrescentando a falácia absurda na conclusão quando menciona a Operação Lava Jato: “era preciso me derrubar para ter uma chance de escapar da ação da Justiça”.

Dilma faz o jogo cego de quem sofreu a dor da tortura quando vive numa Democracia, querendo comparar algo que não tem comparação. Diz que um processo em tudo Constitucional, garantido em todas as suas fases pelo STF e todas as instâncias judiciais, é um golpe porque a sua surdez assim a serve. Mas pior, a mudez é tão complacente com o grito de reprovação quando aceita que o seu afastamento serviria para proteger algum político da acção da Lava Jato.
Desde que foi afastada, já no Governo do Presidente Interino Michel Temer, três Ministros da sua base aliada foram afastados sem dó nem piedade por estarem associados a investigações da Lava Jato. O contrário não se pode dizer da Presidenta que deu guarda Ministerial a Lula, um ex Presidente investigado.

O pastor evangélico Magno Malta, um dos mais populares Senadores que saiu da base aliada do PT, tem resumido a valentia de Dilma: Me responda só uma coisa, Senhora Presidente: a Senhora mentiu ou não mentiu? Ele, como todos os Brasileiros de bem sabem a resposta. Coração Valente? Não, Covarde!
Dilma não pode responder, a vitória em 2015 foi forjada na fraude que trouxe a falência actual.

Que se lave o Brasil a jato!

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