Sanções Sim! Sanções Não! Sanções Nim…
Parece que o enredo Europeu sobre as sanções a aplicar à Península Ibérica se transformaram numa teoria de insandecência psicotrópica saída do livro homónimo ao título deste texto. Sobrevoamos todos um ninho de cucos? Será que, perante a saída do Reino Unido da União, está o colegiado Europeu preparado para sancionar países por incumprimento de déficit quando a incerteza é em parte resultante do distúrbio político gerado pelas sucessivas convulsões políticas em torno deste neo-populismo propagandístico nacionalista anti-tudo que a Europa parece atravessar?
Tome-se LSD, veja-se Lucy em forma de diamante no céu, e quem sabe haja uma resposta com contestação:
Portugal e Espanha são o prefeito exemplo de um R.P. McMurphy, fingindo-se ser o que não são em busca de se escapar de algo que sabem, entre provas provadas, merecer.
Na verdade tudo se assemelha a esse voo de louca liberdade trágico-cómica.
A Enfermeira Chefe ‘Big Nurse’ Ratched não pode deixar de ser uma masculinizante, hirta e sizuda, Angela Merkel da vida, ou um Schäuble contundente i inflamatório, pior, todo o rol de comissários que pretendem sancionar os irresponsáveis incumpridores comprometidos com promessas eleitoreiras! O elenco de loucos em perpétua fuga do manicómio, ou neste caso de responsabilidades na escolha em sancionar o Governo Português, recai sobre os países que se dizem grandes amigos desta Pátria nas frases cifradas proclamadas em uníssono mas que na hora da decisão seguem o preceito democrático do voto majoritário. Claro que teremos sempre um ‘Grego’ Billy, primeiramente gago, depois cheio de verve e confiança, apanhado por uma realidade incontestável, feito vergar ao suicídio por aqueles que antes se diziam seus apoiantes.
Resta-nos perguntar, face à lobotomia que se seguirá, quem é o nosso ‘Chief’ Bromden, que tão calado anda para alguém mudo?
Evidente que a União dos Estados Membros está mais para o trágico que cómico, ainda que com um negrume simplista dotado de falsa moralidade onde se prevejam sinais pouco amistáveis para um objectivo de verdadeira união a longo prazo.
A questão subjacente a tudo isto, e cujo a jogada política tem feito esconder, é que o descrédito sobre a economia Portuguesa, ainda que se estivesse dentro do plano orçamental de 2015 sob a égide de Pedro Passos Coelho e Maria Luís Albuquerque, inicia-se justo quando a campanha política para as legislativas começa. Estávamos perto do Verão, no final do segundo trimestre e desde logo os índices de confiança, com as falsas promessas eleitoralistas – vindas de todos os quadrantes – começaram a toldar não só a confiança interna, mas a minar o crédito internacional português.
O objectivo traçado de 2,7% de défice para 2015 acabou por ser revisto para 2,9, sendo o resultado final aceite por Bruxelas, com o Governo PSD-CDS, de 3%.
Entretendo deu-se a famosa vitória, via união parlamentar, da apelidada ‘Geringonça’. O descrédito provocado por tal facto, seguido da contestação política, aumentaram a imagem negativa que meses antes começava a assombrar Portugal.
Evidente que a numerologia da estatística serve para o que serve, assim como a confiança relativa é acreditar na negação do sim. Pretender que a responsabilidade do fecho de contas, delimitando o exercício conjuntural de 2015 ao seu orçamento, nas pessoas que o fizeram e assinaram quando em parte a desestabilização que o fez disparar vem destes que agora para se defenderem o contestam, apenas demonstra, não só má fé, mas falta de coragem política.
Agora o Primeiro Ministro diz, caído desse ninho de cucos onde se desmonta o ardil populista das promessas que o fizeram – fizeram? – ascender a líder do Governo, que a responsabilidade futura pelo défice subir é a crise Internacional. Foi Angola, o Brasil, agora o Brexit. Tudo o que ele não pode controlar ou prometer não vir a impor ou cortar.
Costa é o prefeito McMurphy, incentiva à disrupção rumo a uma fictícia liberdade. Nem que isso lhe custe suicídios ou lobotomias em causa própria.
E Bromben? Deve ser Centeno, ele fala fala, mas é como se estivesse mudo…