Depois da crónica (?), artigo de opinião (?), página do diário intimo (?) de Pacheco Pereira no Público do passado fim-de-semana, confirmo a tese que avancei em Março de 2015:

(…) esse culto e articulado professor, crítico, escritor e comentador político/televisivo, sente-se incomodado com o ‘deserto’ Nietzsch’iano que cresce no Mundo de Liberdade que são as Redes Sociais.

A sua pseudo trágico-cómica transgressão ideológica sobre a Liberdade nas Redes Sociais versa agora o comentário político que a presumível Extrema Direita Portuguesa – na sua acepção do facto será o actual PSD e CDS descontente com a Esquerda Unida – faz sobre a religiosidade Papal e a sua colocação sobre o Humanismo político contemporâneo.
Segundo ele, nessa sua perversa forma de encaixe, “Para a nossa direita radical o Papa é do MRPP”.

Só que a argumentação é de uma intrínseca fragilidade quando colocada no específico caso Português.
Se razão lhe posso dar, num inclinado plano internacional, aquando se trata da Extrema Direita de génese Nacionalista, tão presente nos países onde o Socialismo demonstrou falhas grosseiras na corrupção e forma de resolver problemas sociais complexos, aqui em Portugal essa sua implicação directa de que fala, pura e simplesmente não existe num todo absolutista como tenta imputar.

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Mas coloquemos Pacheco Pereira no Divã, nesse seu id interior, postergado à sua manifestação política existencial inenarrável de vontade em pertencer a uma Esquerda Comunista que o escorraçou em detrimento de se refugiar nessa sua Direita Social Democrata que, pasme-se, diz não o representar.
Só que que se agora esse é o seu discurso – e do artigo de opinião de Mário Amorim Lopes no Insurgente me acudo – nos idos próximos de 2005 parece que Pacheco era outro, antes liberal e mais oportuno e amigo da dita Direita que agora o confrange ao aconchego da esquerda que tanto aplaude na surdina que sempre gritou.

“O orçamento devia ser recusado porque precisamos vitalmente de outra coisa, precisamos de mais liberalismo, de mais liberdade económica, de mais espírito empresarial.” vociferava o perigoso e visionário liberal (arrisco neo-liberal) José sobre o conteúdo do Orçamento de Estado que se devia apresentar. De como Portugal se devia tornar amplo, internacional, Europeu.
Quais Estatizações, problemas dogmáticos ou apetrechos estridentes sobre uma tutela bicefala no partidarismo que agora o aflige?

Não farei a homenagem que o autor do texto nesse artigo faz, honrando esse texto de 2005 em comparação com a actual atitude em 2016, pois Pacheco Pereira nunca passou de um fracasso que agora se vê mirrado frente à sua nêmesis política que logrou o que ele nunca conseguirá.

Se o barbudo da eterna memória sonhava ser político a qualquer custo, buscando encaixe para a sua ideologia de ascensão, imagine-se o que lhe custa estar reclinado no divã e ver o Professor da Nação, após 15 anos de comentário semanal, eleger-se para a posição que Pacheco Pereiro nunca terá?
Complexa posição para abstrusa personagem.

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