Cito o jornalista Carlos Lacerda para me referir à situação política Brasileira actual, quando o mesmo cunhou o termo ‘mar de lama’ na década de ’50 para se referir à corrupção instalada no governo de Getúlio Vargas e à ingerência de recursos económicos na petrolífera Petrobras.
Não só se trata da situação do caso Lava Jato, com Dilma, Lula e todo o PT e sua base de apoio partidário, mas também a oposição, vastamente investigada por corrupção. Dilma, como noticiou o NY Times de quinta feira passada, vê o seu impeachment Presidencial ser julgado por quem tem as mãos tão sujas quanto ela.
O Brasil, de facto, transformou-se num mar de lama.
Mas o fim de todo o mal precisa encontrar um princípio, e não basta dizer que pelo todo estar errado, não se encontra entre o joio trigo. Neste momento, e indo em contra aquilo que antes defendi, é mais importante surgir uma renovação pelo impeachment, que o estagnar corrupto pela permanência num Governo moribundo e desacreditado.
Resta esperar quorum parlamentar dentro dos dois terços necessários à votação. Caso contrário o ardiloso jogo de xadrez que Lula manteve na sua suite em Brasília, comprando o voto de deputados contra o impeachment, funcionou.
O mimimi já só engana quem vive do subsídio ou precisa da propina para a sua sobrevivência política.
347 estão a favor, 10 indecisos, 20 não respondem, 3 possíveis ausências, 133 contra.
Há impeachment.
O PT vendeu a ideia de que existiria golpe.
Na verdade eles próprios criaram o slogan que definiu a sua derrota: #nãovaitergolpe #vaiterimpeachment