A clássica frase negociar, apanágio empresarial, tão certa como a mais antiga profissão conhecida/reconhecida da Humanidade, aplica-se ao sintoma de adversidade interno que ocorre na Europa dos 28: “There are no free lunches”.

Os almoços de graça que a União serviu, em que o crédito vinha nesse cartão de débito directo sob chancela Germânica, permitiram que países periféricos como Portugal, Grécia, Irlanda, e até mesmo Itália, gastassem numa razão de juros sem causa ou consequência explicita ao olhar desatento do eleitor.
Por outro lado, aos países que suportavam a linha crediária que permitia a existência desse cartão Germânico, ganhavam posse de um discreto poder.
Entre eles, como é óbvio, está a França e Inglaterra.

Se um faz parte intrínseca da União no seu cerne, o outro faz sem fazer, tornando um ultimatum em razão para ganhar posições de cheque mate que mais nenhum Estado Membro tem.
Mas se o almoço não é, nem nunca foi, grátis, não sei onde está o espanto crítico que se tem assistido sobre o tema.

Portugal e Inglaterra detêm a mais antiga Aliança política firmada que se mantém em vigor, sabendo portanto o alto preço dessa injustiça de poder.
Se o pacto Anglo-Português, assinado posteriormente no Tratado de Windsor, nos serviu positivamente em ocasiões pontuais de relevo histórico, a relação comercial ao longo dos anos sempre favoreceu a cirrose Britânica com remessas de Porto e vinho da Madeira.

Mas é aqui que o almoço Comunitário se torna dispendioso e cuja conta é mal paga por todos.

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Óbvio que cada país deve, por razão lógica, ter as suas próprias regras de independência Comunitária, nesse sentido de Soberania que muito se questiona por não sermos uma Federação.
Inglaterra ainda mais já que nem à moeda única nem ao espaço Schengen aderiu.
A concepção Europeia devia regressar a uma análise de orientação comum em torno da sua origem: Comunidade Económica Europeia, um grupo de países que, pela sua proximidade, partilham uma economia comum e que se devem entre-ajudar.
Não falamos de resgates por desigualdades em empréstimos para nos tornarmos numa ficção que nunca fomos, dependentes desse éter monetário de espoliação dos mais fortes.

A maior força colectiva da União Europeia é o seu individualismo comum.
Se verdadeiro significado existe – e eu o rebato na sua demagogia – para “Todos diferentes, Todos iguais”, é esta Europa.
Diferentes velocidades, Diferentes objectivos: um interesse comum: To pay our own lunches.

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