Há uma pergunta que me assiste, depois dos supostos 40 anos de Democracia instituída, feita roubo Comunista nesse verão quente de comunidades instaladas em propriedade alheia e da vitória desse Socialismo à la droite, que só uma memória de livro a ver feministas queimarem sutiens sustenta resposta: porque dizem os políticos os seus plurais referentes aos cidadãos no feminino e masculino, fazendo a diferenciação?
A sério, o hábito que a correcção política trouxe nessa clausula idiótica da igualdade de género existente entre sexos distintos apenas resulta nisso: assistir a políticos dizerem um plural repetido em singularidade de género numa diferença que apenas particulariza e não une.
“Portugueses e Portuguesas” é quase tão mau quanto começar uma frase por “Cidadãos e Cidadãs”, fazendo justo essa diferença naquilo que se tenta combater há décadas: uma clara disparidade entre diferentes sexos, o fraco e forte.
Só o facto de se enunciar que existe um sexo masculino, feminino e/ou outros, para organizar o Povo em plurais diferenciados é abjecto quando não se está a referir a um grupo em particular.
É querer perverter uma simples regra gramatical da língua portuguesa.

Não que eu me considere um recta pronúncia e o meu passado e presente não estejam recheados de erros básicos de escrita e enunciação falada da língua portuguesa, numa ‘mixologia’ luso-brasileira com laivos latinos, mas ainda considero o plural colectivo como sendo masculino, não por falta de respeito a uma suposta minoria feminina – ou porque a língua portuguesa é Machista -, mas porque a sua génese vem do latim e do sujeito neutro.
Claro que o laxismo e ignorância actual – seja social, mas sobretudo política; criam o efeito borboleta a que se assiste, querendo Acordos Ortográficos de correcção onde até os nominativos neutros para cargos como Presidente tenham direito a reformulação de género.
Temos Presidentas como poderíamos ter Dentistos.
Mas como se prefere ficar a sorrir enquanto se ascende ao poder da estupidez, iremos seguir escutando, sob perjúrio de insulto pela minha correcção, “cidadões e cidadanas”!