A autonomia interna Espanhola foi a grande bandeira eleitoral a votos hoje.
Sim, falou-se muito no populismo da Esquerda de Podemos, no Nacionalismo de Direita do Ciudadanos e mesmo nesse ciclo do poder instalado entre o PSOE e o PP, mas o fundamental foi o valor dos votos derivado das diferentes regiões autonómicas.
Por fim, e porque, tal como em Portugal, se quebrou a dita rotação bipartidária no poder instalado e o parlamento se renovou, a Câmara de Deputados passa a não ter maioria partidárias sem apoios ou coligações.
É justo aqui que tudo muda de figura.
No fecho da contagem dos votos o PP de Rajoy tinha 123 deputados, o PSOE 91, o Podemos 69 e o Ciudadanos 40.
Tal como em Portugal “todos ganharam”, mas frente à tradição Democrática, cabe ao Partido Popular formar governo. Mas será que Pedro Sanchez do PSOE dará uma de António Costa e cooptar forças junto a Pablo Iglésias e a Albert Rivera?
Se por um lado todos os “outros” vencedores das eleições estão à Esquerda do PP, a verdade é que o Ciudadanos é a pedra de fecho neste arco parlamentar. Considerados um “catch-all-party” – partido “atrapalotodo” – têm uma pauta de Esquerda Humanista, mas defenda uma ideologia Nacionalista de centro, mais próxima da Direita.
Neste momento está na mão Mariano Rajoy fazer aquilo que Pedro Passos Coelho não fez (e deveria) quando venceu as eleições: convidar desde logo o líder do PSOE para unir uma Espanha que pede justo isso. É que senão corre o risco de ver Pablo Iglésias dar uma de Catarina Martins, unindo-se a Sanchez e criarem uma geringonça Ibérica cooptando outros pequenos partidos para uma Revolução Bolivariana em Espanha.
“¡España me matas!”
…
Entretanto António Costa apresenta uma medida de resolução para o Banif. Somos mais Ibéricos, o Banif é agora Santander.
O prejuízo é dos contribuintes.
a farpa 