Todos vivemos num instante de captura.

O Nexus nos escapa, e a sobrevivência não se alarga.
Esperamos que o momento reste como memória de algo que foi bom, sem nunca percebermos que o mau se esfuma nesse vulto de algo que dura tanto quanto aquilo que considerarmos ser o eterno.Tudo é tão transitório quanto quisermos que seja. Fotogramas que uma sinapse cerebral faz flash de momento instantâneo. Revividos pelo que deles guardamos.
Uma foto, um risco, um cheiro, sabor, um toque. Um tudo de nada que mais ninguém vai em nós perceber o porquê.

Essa captura transitória que esta fractura social, justo neste momento em que este Mundo transcende a transição e transita para algo de indefinição, nos traz.

Há uma impressão que causa expressão. Entre este sol que nos aquece e a sombra que nos arrefece. Entre o claro que nos permite ver, e o escuro que esconde o desconhecido.
Da dicotomia que a Sociedade se tornou
Um teste Voigt-Kampff constante.
Nada que não seja propositado, é tudo destemido e centrado, objectivado e com intento e intenção. Feito para nos colocar nesta posição passiva/agressiva e questionar se a nossa cor não é sintoma de alienação.
Mas a evolução Humana é mais que sísmica, é sistemática. Ela não muda, evolui.
Dessa matéria primordial, da adaptação da espécie, de um ser que se fez Humano, até à consciente consciência, passando pela crença relativa da Criação, a ambição que se aspira sempre é ser mais e melhor.

blade runner.jpg

Os meios para os fins são, na sua generalidade, a destruição em prol do bem de alguns, quando o todo é a semente da sustentação. Mas isso é almejar a eternidade. É ser um blade runner atrás do replicante, mais igual que um Humano.

Mas a Humanidade que se assiste, tão pouco Humana, destas civilizações do tipo I, II, e III, são o produto de uma utopia literária de previsão cujo prazo de validade estelar expira em 2019, dentro de 4 anos, prontos para assistir ao desfecho da continuidade.

Os andróides não sonham, ainda, com ovelhas eléctricas.

Sonhamos nós.

Entretanto desfolhamos a visão dessa evolução, num olhar inverso ao Big Bang que tudo gerou, pois nada, ainda, se acabou.

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  1. Pingback: 19/20 – a farpa

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