Perante a intransponível realidade que sucedeu, o muro que se criou, onde, desde já fui apelidado de – para não dizer que fui avisado que era; egocêntrico, eurocentrismo, e claro, reaccionário; quero ser eu a desfazer este muro de betão, adobe, lama, areia, espuma ou fumo que uns criaram sobre a minha, vigente, opinião.

Estamos perdidos numa clara tradução.
Não sou reaccionário nem eurocêntrico.
O egocêntrico dou desconto para todos aqueles que se apreciam ao espelho do carácter ao adormecer.
A verdade pode ter diferentes lados consoante quem a conta, e a história ser escrita por quem tem a palavra final, mas em ambas as versões há algo que não falha: o tempo, o juiz final de tudo e todos.
Eu rejo-me por ele (não por um bode expiatório).
A minha história e a verdade são a que o tempo, no seu passar, provou ser a mais correcta, e não aquela que se apregoa ser a certa ou errada.
Não sou um ululante comentarista, ou pior, um opinionista com ambições de ascensão pessoal. Sou um cronista de factos, intransponíveis, questionáveis por aqueles que leram mas não compreenderam.
Não sou apátrida, mas por não ser português de Nacionalidade e aqui sempre ter vivido, permito-me uma legitimidade enquanto observador crítico.
Não voto em Portugal, mas tal não me impede de formular um construtivo olhar sobre o que se passa no país onde cresci e fui educado.
E o meu olhar, dilacerante, é crítico, factual e preciso.
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Não tenho ambições políticas pessoais no momento vigente, e não me imagino a tê-las perante a conjectura pouco edificante que se propõe.
Não me proporia a ser deputado maquinado para obedecer a princípios ideológicos que me prenderiam a um voto partidário.
Não queria ser líder de um partido cujos princípios rasgaria para ver as minhas ambições pessoais satisfeitas.
Não seria o Presidente que se apresentaria como o “um por todos” quando o todos por um apenas seria metáfora erótica perversa de um romance mal adaptado ao cinema.
Os 3 mosqueteiros eram quatro, e por tal, de 4 o acordo vive, numa omnipotência que me faz questionar a sua legítima união, e sobretudo sustentabilidade.
De momento dou o benefício da dúvida para não entrar no ‘benefício da dívida’. Posso até acreditar numa benevolente esquerda, amiga do factor distribuidor, mas quando lhe aplico o quociente distributivo, o preço de arrecadação é maior que aquele oferecido na promessa eleitoral.
O milagre das rosas afinal tinha espinhos, e os cravos da Liberdade eram silvas, selvagens.
E porque nada em contra um saudável Socialismo tenho, porque perto de um laissez-faire está, cito essa premissa existencial que aqui nos trouxe antes, e que agora encontra ecos nesta tradução que se faz:
“Quem cabras não tem e cabritos vende, de algum lugar lhe vêm”
Dito isto, quero ver os portugueses que agora, esperançados nos seus Presidenciáveis mosqueteiros, Deputados de alianças conjunturais, Sindicatos de alegria em riste; se ponham depois a ordenhar os cabritos que receberão para pagar a ausência das cabras férteis que lhes prometem.
“Era isso ou um cabrão…
Porque me perdi nesta tradução.”
‘Disse’

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