A 10 de Março de 2015 o autor e cantor Norte Americanos Robin Thicke e Pharrell Williams foram declarados culpados de plágio ao infringirem os direitos autorais da música “Got to Give It Up” do cantor Marvin Gaye, pelas notórias semelhanças com o seu êxito do verão de 2013 ‘Blurred Lines’.

Na verdade o processo começo dois anos antes, em Agosto de 2013, quando os cantores processaram a Família de Gaye pelas difamações de que a música seria plagiada.
Tecnicamente não o seria, pois o tom e a forma como estava adaptada não seria a mesma, e por tal, os direitos de autor não seriam aplicados, e assim o sucesso da cópia sobreporia-se ao original.

A verdade reverteu-se e a música acabou por ser escrutinada milimétricamente.
A batida do ritmo base era a mesma, a música tinha copiado descaradamente o original.
A pena por infringir a lei saiu pesada: 6,8 milhões de Euros de indemnização à Família do criador da batida original, algo como metade dos rendimentos que até ai tinham ganho pela divulgação do tema.

Além de uma, aparente, cara lição, ficou um registo histórico para os actuais e futuros artistas, em não seguir a mesma linha.
Copiar o sucesso alheio aparentemente pode ser bom, mas traz consigo margas consequências.

E quando se fala de que o passado nos condena, ele volta sempre para nos atormentar.
E qual mais propício ao voto (e veto) popular que numa eleição política?

Se a notícia em alerta de última hora foi a ida da Grécia a eleições antecipadas a 20 de Setembro, até lá, por aqui, neste reduto de justicialismo feito manobra da memória contradizente, pedir-se-à congruência à oposição alternante que caia em si e admita aquilo que antes elogiou e agora retirou:

“A vitória do Syriza é um sinal de mudança que dá força para seguir a mesma linha”

Vejamos como classifica António Costa esta sua ‘azelhice’ frente ao confronto que será a batalha campal que a minha premonição da propaganda de campanha faz.
As linhas turvas focam-se, tudo em nome da mesma li_____.