Quando W. D. Griffith realizou o seu, muito contestado, épico “Intolerance” em 1916, não sabia que o seu filme serviria como reduto de toda a intolerância de uma Nação.
A verdade é que a sequência de histórias não desagradou, à época, no seu conteúdo, mas sim pela duração do filme.
Intolerance é um filme eterno. Ou pelo menos de umas 3 horas e meia, algo inédito para os primórdios do cinema.
Dito isto, foi um fracasso.

A intolerância não fora com “Intolerance”, mas antes com o mito criado pelo seu filme no ano anterior, “Birth of a Nation”, onde a história dos Estados Unidos é contada de forma pejorativa para os escravos Africanos e de como o Ku Klux Klan foi importante para o nascimento dessa Nação.
D. W. Griffith acabou falido, não por desmérito, mas por ousadia.

Hoje eu também tenho sido apelidado de intolerante. Talvez, quem sabe, sobretudo por ousadia.
Tudo prende-se porque tenho a minha peculiar forma de ver os acontecimentos, político, sociais e econômicos.
Sim, estou presente, faço-me contar e dou – bastante; a minha opinião.
Simplesmente tento colocar-me numa perspectiva exterior. Numa dimensão espacio-temporal mais alargada.

Perante o comentário do deputado Social Democrata Carlos Peixoto sobre os pensionistas serem a “Peste Grisalha“, além de, primeiramente me parecer absurdo (além de irrealista), mencionei que um amigo meu, derivado dos seus incisivos comentários sobre o facto, estaria a desenvolver ódios de estimação. Uma figadeira Nacional, nestes imbecis que idiotas coisas dizem e servem para abater pela geração abandonada por um Sistema de Pensões que se tornou insustentável.
A verdade é que o dito deputado, de facto, disse tal ignominiosa afirmação.
Pior, escreveu todo um artigo sobre o tema…

intolerance

Mas porquê dilacerar um imbecil à partida quando o mesmo irá provar do seu mesmo veneno?
Eu tenho este tipo de tolerância.
Pergunto-me, ao invés da acérrima crítica mordaz que se faça a distinto deputado, se ele um dia não será parte dessa “Peste Grisalha”. Mais um desses que vive sustentado por um Sistema de Pensões pago pela geração mais jovem, visto as contribuições anteriores terem servido para pagar o despesismo de anos de desgoverno?

Intolerante seria eu de apontar o dedo à geração mais velha, e dizer-lhes isso.
Mas isso seria eu a ser imbecil também.
Aprendi que a tolerância não é caridade.
Tolerância é estar aqui, sempre, para os outros.
Porque um dia, espero, também eu serei grisalho.
Pois uma peste já sou.

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