O novo Regime que se instala e apropria da condição Livre do Ser Humano, habitante da Ocidental bolha, é a Democrática Ditadura.
Vive-se uma transparência opaca de meias verdades e mentiras concretas, aplicadas à razão da emoção feita lógica.
Somos despojados de vontade própria. Ou se a temos, na voz da palavra, logo ela sucumbe ao peso do vil metal. Esse tem a razão do seu lado.
Mas quando a máquina da subsistência se torna grande demasiado para a sobrevivência, onde encaixar essa teoria revolucionária de que a cumprirmos todos o desígnio relativizador de sermos mais próximos do mínimo denominador comum, na estabilidade entregue ao líder inquestionável?
Numa cinzenta voz onde o encarnado do sangue se faz vermelho de uma flor feita Liberdade excessiva e sem controlo?
É ir do 8 ao 800, em queda livre, do livre arbítrio, para a lascívia.
Imaginar que a culpa existe na sequência do erro, numa determinante imposta de continuidade e purgatório. De que tudo aquilo que cresce debaixo da terra é impróprio para o consumo.
De um tubérculo feito tuberculose. O nódulo, o tumor.
Na sua geometria rasante, da verdade lógica, seria a da Solanum Tuberosum, vulgo batata.
Mas aceitar as verdades consequentes, do dito por não dito, daquilo que se supõe ter visto, lido ou ouvir de alguém, na senda construtiva e edificante do acréscimo, ao Liberal agrega-se algo de novo, destrutivo e mortal. Perde-se a razão da emoção, entra a pura lógica desenfreada.
A batata do medo. Da importação. Da crítica.
Dos controladores que nos retiram a responsabilidade inerente dos actos que praticamos.
É uma lógica simples. É pura sobrevivência num mundo de ignorância.
A batata cresce onde a luz não brilha, nessa deformação tumoral, tenebrosa, imprópria para quem se considera puro de virtudes, mas se propaga com o facilitismo da podridão que a grela.
Se ao ser trazida das Américas por volta de 1530 por Francisco Pizarro, o Conquistador Espanhol, era o único bem perecível a bordo das naus à deriva que subsistia, a fome dos marinheiros fez com que fosse a sua sobrevivência.
A batata é rica em amidos e vitamina C, ideal para combater a praga de escorbuto instalada a bordo do regresso magistral das Américas.
Se o medo que existia, e prevaleceu por muito tempo, em relação à batata, logo o tubérculo se fez moda e a iguaria ganhou fama de exótica, a ser dada pela flor, e não tanto pela peculiar raiz.
Só o desespero da Guerra, da escassez de cereal, dos campos lavrados pelo fogo a fizeram tornar-se naquilo que é hoje, o quarto alimento mais consumido pelo Homem.
No final não adianta negar à partida uma contradição adquirida:
A grande maioria são uns tubérculos. Crescem debaixo de terra para surgir prontos para o consumo imediato. Alimentam mas não grelam para subsistência.