A inevitabilidade da força interior é algo proporcional ao que se pode definir como acto de criação.
Se na destruição sempre se cria algo, buscando essas palavras narradas na música ‘The 2nd Law: Unsustainable’ da banda Muse, uma economia baseada num perpétuo crescimento é insustentável.

Ainda assim, nesta vontade criadora, de quem não compreende que se deixar de pagar a sua prestação obrigacionista não deixa, invariavelmente, de viver – ou pelo menos o acto biológico de respirar; sendo que uma não é – ou deve ser, condição uma da outra; existe um consenso generalizado de que o não cumprimento é uma espécie de sentença de morte aniquilatória.
É-o na medida que a exclusão Social imposta pelo próprio preconceito que geramos define isso mesmo.
Excluímos-nos uns dos outros mediante aquilo que temos e não aquilo que somos ou podemos provar ser.

Num modo de investimento, em que para que exista um acto de criação, qualquer empresário, saudável, sabe que o investimento inicial, ou pelo menos aquele que dará, no melhor dos proveitos, o seu lucro, será, para todos os efeitos, algo perdido.
É um modus vivendi em que se arrisca tudo em detrimento de se poder ou perder aquilo que se investiu, ou, na sorte da concretização, ganhar.

A especulação, alicerçada num debate de garantia, é relegar à certeza algo que é tão mutável quanto a consciência da escolha Humana: é arbitrário.Não se pode querer converter uma fonte de energia térmica, calor, em algo que seja ‘trabalho’, já num stricto sensus cientifico, pode-se considerar que o trabalho produz, pelo seu efeito mecânico, energia térmica.

É o princípio fundamental da Entropia – segunda lei da termodinâmica – uma razão de desordem cientifica, em que não é o todo que gera o individuo, mas sim o arranque do individuo que gera um todo. Uma natural ordem na desordem do caos que tudo gera.

Passando da ciência para a economia e para uma lata compreensão do Ser Humano: Não pode uma economia viver sempre num permanente ciclo de crescimento positivo, sem que exista um natural fluxo de valores negativos, senão só haveria valorização ad eternum. Da mesma forma, não pode a Sociedade estar num constante e exponencial crescimento sem que a sua morte e renovação, afectada por esse fluxo, seja uma realidade. Se não fosse, a grandeza de população Mundial estaria, para sempre, num perpétuo crescimento do seu número de habitantes, esgotando o espaço físico de que o planeta Terra dispõe, assim como os recursos naturais que usufruímos.
Usando de conceitos complexos, explicados com uma razão construtiva de um acto de criação, se define a problemática acutilante actual de um Mundo ocidental versado no seu auto crescimento em detrimento da sua própria entropia. São desordens num caos que se organiza, em que o sentido o será quando assim tiver que ser.

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