Para Rosas, Nandinho claro, ser gay e de direita é modernice que mereça aparte jocoso e inebriado por se assegurar pertencer a essa turba dos intelectuais bem pensantes que defendem os temas fracturantes em busca de dividir para reinar.
Mas onde sai um tiro há uma culatra para ferir quem o dispara, e Fernando Rosas saiu chamuscado nesta Sociedade dos idiotas que se creem inteligentes quando são só espertos.
O mais divertido do historiador que prefere reescrever a História à sua estória, é o seu passado que, segundo a sua génese ideológica, o condena por pertencer aos mesmos que tenta condenar a essa espúria modernidade jocosa.
E aqui chegamos: todos querem ser modernos na imbatível recusa com o passado por dele ter nojo.
Porque é a Esquerda dos valores fracturantes, e ressalvo que uma maioria deles é herança de ideais liberais ditos de Direita, é a coqueluche dos adolescentes e jovens adultos recém saídos da faculdade?
A resposta não se faz por esperar – nem aqui preciso de introduzir a piada sobre as 1.993.921 razões para Passos não dar aulas – e é simples assim: todos buscam uma modernidade contemporânea sem perceberem que esses valores rápido caducaram.
- Tentativa de entrada na pintura moderna portuguesa | Marco Carreiro | 2002
Eu divirto-me a assistir a defesa das Sociedades retidas pelos Estados, à laia de um Comunismo agora ostracizado, que o Bloco de Esquerda defende, ou os eterno valores tão extremistas por eles apresentados que chegam a roçar o extremo oposto de uma Direita radical que em Portugal nem existe no hemiciclo, pese embora gostem de o crer.
No fundo, e escrevo isto enquanto vivo num país assolado por um Governo apoiado por essa Esquerda concordante com a discórdia de estar na União que nos faz Europeus, enquanto o Primeiro Ministro faz 6 minutos e 47 segundos de campanha florestal para nos fazer esquecer os agora 101 mortos do seu Verão de férias em Espanha, logrou a carga fiscal recorde dos últimos 22 anos, um défice escamoteado em fraude matemática, me pergunto; até quando vamos nos entregar a ser modernos sem compreender o passado para determinar o real futuro?
Isto é mau de mais pra ser verdade.
Resta saber até quando?