Muito se têm falado da descida da TSU e do confronto (plausível) de Titãs que existe no chumbo que o PSD alavancou e no que a proposta pré-determinada e aceite dos patrões significa.
Facto que é facto, fora a Geringonça – que ganhou o estatuto de ser a palavra do ano e assim ser chamada com o respeito que um deputado acha ser ofensivo – na sua charneira, à la gauche, se unir na reserva do chumbo habitual, há agora o chumbo coerente do PSD.
Coerente? dizem aqueles que até acham que eu sou um apologista de políticas Sociais Democratas sem se aperceberem que crítico sem razão de entendimento político.
Pedro Passos Coelho tem servido de alvo a abater pela orquestrada oposição social democrata maioritária de uma Esquerda ignorante e sem visão – muita a serviço da voz do seu amo – que basicamente repercute a mensagem que a populista Esquerda logra dizer em plena abjecção. Votam contra aquilo que no passado se abstiveram.
Mentira contundente e global.
Se facto político houvesse seria esse. Maior contenção haveria de se pedir à Concertação que em plena amnésia suscita abjecto pensamento. Agora pede-se que seja o Erário Público que pague – desviando fundos alheios – essa descida para a Taxa Social Única das Empresas?
No ano anterior, tão citado para esse facto acerca da mudança de uma abstenção Social Democrata para um chumbo no voto, não houve um acordo onde uma descida de imposto fosse paga alocando dinheiro de outros impostos. Dito isto: nem sentido prático faz.
(em 2012, reinado da Troika, Passos foi trucidado em praça pública pela semelhante proposta logo ali revogada)
Houve acordo? Bem vistas as coisas, neste tardar da minha crónica – oportuna e com esse condicionamento pontual – não. Tudo teria sido planeado para cingir a oposição a um papel de escárnio e demência onde o Coelho seria prato principal.
Chato que, vistas as coisas com um afastamento relativo, desafiar a gravidade seria em si grave, relativizado a uma imprensa frágil e sem conteúdo alternativo que seja agradar aquele que que se faz passar por alternativa sem mais ser que ser alterne.
…
Nota:
O título, e lite motiv, para esta crónica foi a música ‘Defying Gravity’ do Musical Wicked.