A ordenha dos crentes pelos fariseus, no jugo da ladainha da salvação – omnipotente pela reserva de que o engano alheio sempre nos foi imposto sem a colaboração ou aceitação mútua – é algo que nos trouxe ao agora.
Trump’s vencerão, o Extremismo da perigosa Direita vence e o mundo Socialista do populismo facilitista resvala no Capitalismo que os grandes magnatas da Nova Ordem Mundial decidiram ser assim.
Se tudo parece ser um tremendo enredo conspirativo, nada mais é que uma submissa realidade de um Mundo que, a sempre ter sido assim, parece que viveu uma bolha de mercado onde a Paz se insurgiu como culpa de um Holocausto tenebroso que deveria sempre servir como pauta para aquilo que agora se tornou uma memória amnésica pronta a ser apagada em nome de uma raiva preconceituosa em nome de ninguém.
A questão geográfica na Germanização dos ataques terroristas na Europa é algo problemático por trazer no seu seio a questão dos refugiados que a Chanceler Merkel recebeu – e bem – de portas abertas. Traz ecos de Gaddafi e as ameaças do banho de sangue que um dia, profeticamente, falou.
Mas não é apenas isso, é algo mais latente, especulativo até, que se assume como se de uma doença se tratasse.
Onde ficou o bom senso – ou mesmo apenas o senso comum – entre seres que, a não serem iguais, buscavam uma igualdade entre todos para um bem comunitário. Não falo de políticas ou religiões, falo de uma Sociedade que seja capaz de melhorar. De se olhar a ela mesma e reconhecer quando alguém entre ela se desvia e prefere se tornar num justicialista em causa própria como escape às dificuldades que em seu torno crescem?
Assim germinam terroristas solitários, células isoladas, problemas injustificados que causam tanto dano entre nós e que depois, nada nem ninguém parece saber como assumir responsabilidades.
Muito se tem especulado sobre esse alicerce monetário que se degrada pela base, onde o Deutsch Bank surge à cabeça como o culpado máximo sobre o cancro financeiro que invade a União Europeia e faz estoirar instituições bancárias um pouco por toda a comunidade.
Evidente que Portugal tem sido bastante versado nas conversas de bastidores, mas além da Grécia, também a Itália se vê a braços com a questão especulativa que, por anos a fio, viu empréstimos avultados encaminharem-se na especulação bancária Alemã. Na verdade o cartão de crédito Comunitário que durante mais de duas décadas os países da UE – sobretudo os países mais necessitados – utilizaram para grandes investimentos, traria a sua factura com cobrança coerciva acrescida de juros, com a chancela do Deutsch Bank. Agora que, pelo menos, três países já foram resgatados financeiramente, sendo que a Grécia já teve um substancial perdão de dívida, as contas de sucessivos empréstimos, especulações de mercado e – aquilo que a esquerda adora apelidar de – jogadas de casino, o maior Banco Europeu esteja a ponto de um (suposto e nunca confirmado ou desmentido) resgate.
Só que o Zu groß ausfallen – grande demais para falhar – germânico não se prende apenas com a questão financeira.
A retórica política que Angel Merkel, já no seu 11º ano como Chanceler Alemã, tem utilizado na regência oficiosa da União Europeia, tem trazido alguns amargos de boca para o lema In varietate concordia.
A nobreza do acto de aceitação dos milhares (serão milhões) de refugiados vindos da Síria teve um altíssimo preço não só político como monetário.
A braços com um Golpe oportunista de oportunidade na Turquia, Erdogan serve-se da sua purga dictatorial para invocar os acordos feitos com a União Europeia sobre os campos de refugiados que criou como tampão para controlar uma possível invasão Mediterrâneo adentro.
O acordo firmado supunha um pagamento de 6 mil milhões de euros ao Governo Turco pelo favor que estariam a fazer à União Europeia. Agora, com um coro Europeu a condenar o Governante Turco e negando o seu pedido de adesão à União Europeia, Erdogan avisou que anularia o acordo monetário firmado – além de que apenas lhe havia sido pago metade do acordado – deixando velada a ameaça de uma nova frente de refugiados em botes cruzando o Mediterrâneo.
Óbvio que o bom senso se resume ao medo material, logo agora que camiões servem de arma mortífera e loucos solitários invocam o Santo nome de um Profeta como justificação de terror.
Enquanto isso, os cofres que antes se supunham cheios de qualquer coisa, ficam vazios de algo. Tudo se recria nessa noção do empréstimo entre a promessa de que a Paz por aqui permaneça e nada de mal aconteça.
Ou pior. Já aconteceu.
O “Apartados Podemos” soma e segue. Vimo-nos segregacionistas, divididos por raças, com promessas de muros a recriar campos de concentração. Acreditamos piamente que o preconceito é ideológico, que a Esquerda existe ou que a Direita é palpável.
Dividimo-nos para Reinar em algo que nunca nos pertenceu.
Seguimos a fazer aquilo que aqui fiz: generalizar, pensando no colectivo e aceitando que todos, no geral – pela biologia – somos iguais.
Eu não sou. Tu também não.
Resta saber até quando.
…
Nota:
O Resgate anunciado pelo FMI em sintonia com o Deutsch Bank para a banca Europeia quase que parece uma piada de mau gosto. Não por não haver necessidade mas pelo montante anunciado.
No texto que diversos meios de comunicação oficial vincularam o relatório que surgiu a 11 de Julho de 2016 apontava para a necessidade de uma injecção de 150 mil milhões de euros na banca Europeia. Sejamos sinceros, o BES que era um banco Português, um dos mais pequenos países Europeus, ao falir precisou de 4,9 mil milhões, aos quais já se somaram mais quase 5 mil milhões, fora aquilo que ainda não foi divulgado.
Acreditar que toda a banca Europeia precise de apenas 15 vezes esse valor é roçar o ridículo.