“Governo exige quotas para mulheres nas empresas cotadas”
O adágio de exigência Governativa mais parece um compasso musicado daqueles que se ouvem num bafiento passado esquecido. Se a definição de adágio cumpre essa função de ser uma mensagem de teor moralista ao mesmo tempo que tem essa sinfonia musical, aqui vê-se como o Estado desta Nação é um reflexo do aulicismo que isto tudo se transformou.
Evidente que quem me lê dirá com espanto “mas se até os países mais desenvolvidos e economicamente sustentáveis como a Noruega e a Alemanha têm ou estão a implementar quotas de género no sector privado, porque não deve Portugal fazê-lo também?”
Não digo que não o deva fazer, pelo contrário, faça-o para demonstrar o ridículo que é.
Serei pragmático, analítico e, porventura, rude: cotizar as diferentes categorias numa meritocracia de nascença biológica é a dignificação da estupidez.
Vamos por partes.
Poderia fazer disto uma narrativa Bíblica nessa constrição culposa de que Eva é parte de Adão e por tal há que lhe ser imposto um sacrifício adicional por esse delito. Evidente que não só estarei a cometer uma qualquer heresia teológica como a não ser verdade que somos “Todos diferentes, Todos iguais”, a mera diferença genética não deveria ser razão para nos distinguir no acesso laboral. Mas distingue.
Não só há um princípio subjacente à meritocracia que é bastante apreciável – ter mérito e competência para se atingir as posições que correspondem às nossas capacidades – como o factor biológico é sim um entrave para que, numa maioria dos casos, as Mulheres acabarem de fora da grande corrida às Presidências ou lugares de destaque.

O que vou dizer pode parecer absurdo para a maioria, sobretudo as fanáticas feministas, mas se explicarem a inversão biológica agradeço.
Para todos os efeitos a Mulher continua a ser a única que pode desempenhar o papel de Mãe, nesse relação que a natureza não faz quebrar o laço que une um filho ao útero pelo cordão umbilical. Vivemos numa Sociedade em que a igualdade é um objectivo – em muito cumprido *; mas onde a Mulher não deixa de ser Mulher e o Homem Homem. As suas prestações biológicas e o encargo que isso traz no dia-a-dia são distintos. A conciliação entre a Mulher Presidente e a Mulher Mãe são completamente distintas da conciliação entre o Homem Presidente e o Homem Pai.
A cedência ocorre em algo tão óbvio e adágio de uma verdade fundamental:
“Atrás de um Grande Homem há sempre uma Grande Mulher”.
Voltando à premissa inicial, onde a instituição de quotas deve ser uma obrigação, eu pergunto-me novamente para quê? Para ver aquilo que ocorre no Brasil, onde as quotas que servem para tornar a Sociedade mais inclusa a fazem mais separatista?
Vamos determinar quotas para Mulheres, depois pela raça, credo, preferência sexual?
Seguir uma miríade de minorias, ajustando tudo até o equilíbrio que deveria ser Natural (e já não o é?) se torne num posicionamento estratégico não pelo mérito mas pelo certificado de nascimento?
Impor por decreto a estupidez não a torna inteligente, da mesma forma que as Mulheres não nascem de costelas masculinas.
…
* O objectivo Social da igualdade laboral entre Homens e Mulheres é tema fundamental para este texto, embora não abordado directamente.
A disparidade salarial entre sexos é uma divergência preocupante e que mostra, sim, como o Mundo Financeiro é sexista. Nesse aspecto parece-me mais importante legislar equiparações salariais de género do que a quotização pela ocupação de cargos.
O mérito do individuo deve ser recompensado pela sua competência e esforço, não feito razão para posicionar quem não merece em cargos de choruda remuneração.
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