Quando o subjectivo se apropria da ilação realista da eloquência popular democrática, mais vale citar de memória aquilo que antes escrevi:
“Pelos Passos Perdidos da Assembleia, anda perdido Passos”, evocando aquela verdade condicionante nacional: “Se os Norte Americanos têm a 5ª Emenda, nós por cá temos o ‘não me lembro, não sabia’.”
Por vezes, na perversão da inalienável realidade subjacente, uma pervertida verdade se edifica, e nem sempre a ideia Direita se faz Sinistra. Decomponha-se o que há. Ou houve, a haver para se descompor.
(re)
A existência da dita bolsa/lista VIP nos Serviços de Finanças é algo que não me espanta. Não sou intelectualmente desonesto ao ponto de perceber o porquê da sua existência, no sentido da curiosidade, natural, de quem trabalha de supervisionar a vida fiscal dos cidadãos em território Nacional, e assim, mesmo que por forma a penalizar, controlar que a informação, ao ser consultada, não seja colocada para fora, a ser relatada nos Meios de Comunicação Social.
Por outro lado, a existência de tal bolsa/lista é de si uma vergonha, se a mesma serve para que esse grupo de pessoas tenha uma protecção fiscal perante os restantes cidadãos da Lusa Pátria.
Paulo Núncio não faz jus ao seu cargo de Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, uma vez que, para quem tem essa pasta, parece viver numa alienação total de conhecimento, ou num empírico não, negatório da realidade de quem sabe aquilo que diz.
Se correcção houvesse, quer no Governo, na Coligação, ou mesmo dentro do CDS-PP, por mais que me custe em reconhecê-lo, de que Paulo deveria, na alusão ao seu próprio sobrenome eternizar um (re)núncio pelo bem da verdade que se desdiz.
Passos confirma a sua realidade, e sem que o (re) se faça (a)núncio, o silêncio falado é oficial confirmação.
(l)
A ideologia programática da oposição gosta de apontar o dedo à ideia da mudança, pois para eles, a continuidade, é o seguimento do mau que está, sem se perceber a adaptação ao existente.
Faz uma semana foi lançado o Programa de Recuperação de Emigrados, o chamado VEM, e que, apesar de eu achar interessante, apesar de algo populista, tem, óbvio, uma chancela eleitoralista, nem que seja no slogan de ‘vem, volta’, que a bem da verdade é mais VEM, VO(L)TA.
Vem, vota. De preferência em nós que te damos uma bolsa de investimento em Portugal.
Triste de mim, ostracizado num país que não percebe a diferença entre ter e poder, dar e receber.
Há dar e tirar, há ir e não voltar.